terça-feira, 23 de setembro de 2025


O Zé Nova tornou o seu atelier mais frequentável ainda, e convida-nos a fazermos uma visita.  Abre este fim de semana e eu não vou faltar. Estava aqui a pensar escrever um texto sobre ele e o seu trabalho, mas lembrei-me que já tinha dito qualquer coisa quando ele expôs, a meu convite, na Casa da Cultura, Setúbal. Gostei verdadeiramente da proposta expositiva, mas o Zé Nova, revestido da honestidade intelectual que lhe conhecemos, perguntava-me: achas que vale a pena mostrarmos isto? O Zé Nova tem uma linguagem estética que rejeita o oportunismo. Uma maneira de fazer as coisas muito própria. O pedido de confirmação não é humildade, é mesmo procura de um entendimento. Quer saber a nossa opinião. A minha foi escrita e publicada aqui no dia 1 de julho de 2013. A exposição abriu no dia 5. Eu disse isto:

Casa da Cultura. Julho de 2013.


A RAINHA DO NADA | Histórias para ver, ler e contar, e voltar a ver...
Está sempre a acontecer qualquer coisa nas nossas vidas. Todos temos episódios para contar quando o dia chega ao fim. Coisas boas, coisas ruins... coisas. Umas caem na vulgaridade dos relatórios pessoais diários, outras tiram-nos do sério ou empolgam-nos. Há vidas povoadas de agitadas e deliciosas histórias.
Zé Nova passa a vida a fazer desenhos. É a vida dele. E há um gato na vida do desenhador. O Heitor. Heitor Nova, pois claro. Um sacana de um gato que tem a mania que é dono do seu criador e que passa a vida a observá-lo e a fazer aquelas coisas que os gatos fazem. Zé Nova utiliza as suas vivências para contar histórias que são imagens das nossas vidas.
A sua actividade profissional é uma espécie de atento diário gráfico. É assim a vida de um artista. O fazedor de imagens observa discretamente a existência alheia, para depois a contar com contornos apurados de malícia, ternura ou crítica.
A Rainha do Nada aparece do nada, não sabe de nada, não tem nada, não quer saber de nada. Só sabe que quer ser andorinha, e aconchega-se nesse ninho surrealista, inscrito em matéricos suportes antes utilizados em outras construções.
E depois há o teatro. Representação importante na acção profissional de Zé Nova. Trabalha na concepção de figurinos para vários grupos. TAS - Teatro Animação de Setúbal, Fontenova, Dançarte, Lua Cheia, entre outros, já experimentaram as vestimentas deste exigente costureiro. Sim, costureiro: é ele que executa os figurinos que desenha. Um competentíssimo costume designer que não entrega as suas acarinhadas criações a mãos alheias. Mantém também colaboração com a Porto Editora, na elaboração de manuais escolares. Foi para estes editores que concebeu, em parceria criativa com a escritora Luísa Ducla Soares, a figura do Alfa. Um boneco que ajuda a malta mais nova nos afazeres escolares.


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segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Receituário

ANTÓNIO CABRITA EM SETÚBAL | Acabadinho de aterrar em terra lusa, vindo de paragens africanas, onde viveu nos últimos anos, António Cabrita vai dirigir-se à Casa Da Cultura | Setúbal, para apresentar os seus mais recentes livros. A conversa vai ser comigo e presumo que seja assim uma espécie de sessão contínua. Dois livros de uma penada não é coisa que nos brinde todos os dias. Pois é, mas é mesmo o que vai acontecer na próxima sexta-feira, às nove e meia da noite. O nome da editora envolve poetas e seres imaginários, o que nos faz temer algo de estranho e assustador. Ou talvez não. Às tantas até vai ser divertido. Veremos. Disto tenho a certeza: vamos conversar de coisas que ainda nem nos passam pela cabeça. E toda a gente pode participar. Basta aparecerem por cá. Até lá.

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Design de comunicação

 Da série Grandes Capas. "The Remote Control" by Barry Blitt. The New Yorker.

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domingo, 21 de setembro de 2025

A banalidade do mal


É hoje, em Grândola. Vamos falar de democracia. Mas vamos falar da tentativa de anulação dos valores democráticos. Da instalação do mal. Os avanços fascistas são evidentes em todo o mundo. É preciso resistir. Debater, conversar, aprender é resistir. Os democratas têm de reagir. Sem medo. O medo é instalado pelos apoiantes da extrema-direita como arma justiceira. A sua justiça é a instalação do ódio. O ódio a quem pensa diferente. É hoje, em Grândola. Quem estiver por ali, apareça. 

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sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Eduardo Batrada

 
Se apenas fizéssemos o que nos foi ensinado ou exigido na Escola de Belas Artes, estaríamos em apuros".
 
Eduardo Batarda em entrevista a Ana Sousa Dias. DN 


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quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Estes humanos são loucos

Estamos a regredir no respeito pela diferença. Há quem não queira conviver com quem vem de outras geografias. A tolerância é atacada pela agressividade racista. Mas não somos todos assim. Sempre houve quem se preocupasse em praticar a defesa da liberdade para toda a gente. Artistas, escritores, políticos e outros profissionais, de outras actividades, sempre manifestaram a vontade de estar com quem sofre e com quem deseja a liberdade e a fruição cultural.
O Dicionário da Invisibilidade pretende destapar o manto com que alguns tentam encobrir actividades e pessoas que as desenvolvem. Esta exposição de André Carrilho mostra 20 dos mencionados no Dicionário. Abre no próximo domingo, dia 21, às 18 horas, na Biblioteca e Arquivo, Município de Grândola. E vai haver conversa. Convidados.
 



 
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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

A Festa vai começar

APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA NESTA QUINTA-FEIRA, DIA 18, ÀS 11 HORAS.

Esta festa é única no mundo. Dirão vocês: isso é o que todos dizem. A Festa de cada um é sempre melhor do que a do outro. Muito bem, mas conhecem outro local em que uma disciplina artística espalha dez exposições pela cidade e arredores? Mostras de grande qualidade e que dialogam ao encontro d enovos públicos? A ilustração estimula o debate. Estes tempos que nos agridem, e que nos tentam anular, precisam desse debate. A Festa da Ilustração - Setúbal 2025 vai apresentar o programa nesta quinta-feira, às 11 horas, na Casa Da Cultura. Vamos entregar a todos os participantes um cartuxo com fichas lá dentro que explicam tudo. Os jornalistas já foram convocados, mas o convite estende-se a toda gente. Basta trazerem curiosidade. 

A Festa abre oficialmente dia 3 de outubro e permanece até ao fim de novembro. Temos o tempo preciso para conhecer o melhor que se faz em ilustração em Portugal. 
 
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segunda-feira, 15 de setembro de 2025

O líder das fascistas portugueses foi a um encontro de fascistas europeus, em Espanha, onde disse que não se pronunciava sobre a sua possível candidatura ao mais alto cargo do seu país por motivos patrióticos. Sobre isso falará em solo português. A palavra de Ventura vale muito, como todos sabemos. 

Mas o líder dos fascistas portugueses, num castelhano de feira, em delírio, aos berros, ameaça mandar para a prisão o primeiro-ministro de Espanha, país onde se encontra e não é o seu, e, mais grave ainda, elogia os delinquentes nazis que fizeram "caça aos imigrantes" no sul daquele país, há pouco tempo. Foram atacadas pessoas pacíficas, que se deslocavam com a sua família, ou que estavam em casa, só por serem imigrantes. Este elogio da delinquência já começa a ser vulgar em todo o mundo. Duterte, Bolsonaro, Trump e outros dirigentes fascistas já o fizeram recentemente. Mas por parte de um aspirante a líder do meu país... confesso que aquilo me tirou o sono. Arrepiou-me. Sem palavras para descrever tão vil atitude. E agora não me venham com aquela de que o pior é falar destas coisas: ignorar esta gente é o melhor. Não, não é. Quando temos um líder fascista que apela a atitudes fascistas. Quando temos um primeiro-ministro que se lhe assemelha, e um presidente do parlamento que acha que o delito é opinião, temos o perigo a espreitar por todas as frinchas. Acordem! Tenham medo. Isto está muito perto de correr muito mal.
 
Imagem do filme VIVA LA MUERTE de Fernando Arrabal
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domingo, 14 de setembro de 2025

O Futuro está a acontecer agora mesmo

Parece que nos encontrámos na sala lá de casa e continuámos a conversa de sempre. O Nuno Artur Silva escreveu este livro lindíssimo, muito bem embrulhado graficamente pelo André Letria, e a gente falou sobre tudo o que lá vem dentro com o Nuno e com o Manuel Falcão. Claro que estar ali a falar com o Nuno, com o Manuel e com tantos amigos que apareceram é um privilégio que se transforma em prazer. Estamos na presença de duas pessoas que trouxeram coisas novas para o país Portugal. E claro que depois de muito falarmos sobre a escrita passámos às outras vidas destas figuras singulares.

Nuno Artur Silva é responsável por muito do que se faz em comunicação e humor inteligente cá no burgo. Entrámos pelas Produções Fictícias adentro, passámos pelo seu tempo de governante, e chegámos ao presente quase sem dar por isso. O presente é assim uma espécie de exercício permanente dessa prática que se convencionou chamar futuro. O passado inscreve-se no nosso presente como adubo para a nossa consistência como cidadãos. Falámos das nossas catedrais de encontro onde o prazer de conviver se misturava com muitos conhecimentos e sentimentos. O Frágil e o Bairro Alto marcaram-nos. Também estivemos lá ontem à noite.
 
Manuel Falcão é um apaixonado por imagens e foi responsável por muito do que se fez em comunicação escrita. O Se7e e o Blitz fazem parte da nossa memória. A palavra saudade — eu odeio-a — surge aqui inevitavelmente em forma de lápide. Sem saudosismos bacocos, com contentamento, recordamos esse (bom) tempo. O dia de saída do Se7e e mais tarde do Blitz revestiam-me de entusiasmo. Falo por mim: eu, mal acordava, caminhava direitinho para o local de venda que se situava perto do (café) Tamar. Quando eram publicadas entrevistas ou notícias sobre José Afonso o entusiasmo crescia. As entrevistas a José Afonso eram literatura. E eu tinha o privilégio de muitas vezes me encontrar com ele no café. Falávamos das entrevistas ou do que fosse. Tudo o que esta imprensa nos forneceu fez-me crescer por dentro. Acho que se notava por fora. Falámos disto tudo.
 
Estes encontros tonificam-nos. Dão-nos alimento para aguentarmos os novos tempos que ameaçam a vida que construímos nestes cinquenta anos de liberdade e crescimento cultural, económico e de abertura para o mundo. O Nuno falou disso: o 25 de Abril deu-nos a liberdade na altura em que estávamos a descobrir o mundo todo. Crescemos nesse privilégio que se tornou exercício quotidiano. Queríamos conhecer outras músicas, outros livros, outros filmes, outras artes mais ousadas, outros sentires e outros fazeres. Fizemos muita coisa e queremos continuar a fazer. Que se danem os populistas que censuram e tentam tolher o que sentimos e fazemos. O tempo passa e a gente nem dá por isso. Sabem porquê, não sabem? É que a gente ainda aqui anda a fazer coisas. Como diz o Sérgio: "Ficar parado? Antes o poço da morte que tal sorte".
Muito obrigado, Nuno Artur Silva. Muito obrigado, Manuel Falcão. Esta conversa foi incrível. Já o disse, mas repito: estes encontros tonificam-nos. 
 
MUITO CÁ DE CASA | Foi ontem, dia 13, na Casa Da Cultura | Setúbal na sala José Afonso.
Fotografias de Ana Nogueira

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sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Ainda não chega?

O líder da agremiação que se deveria chamar Partido Fascista Português, é um cretino e não se importa nada com isso porque sabe que está a falar para cretinos. 

Agora foi publicada sondagem que dá vantagem eleitoral aos fascistas. As intervenções do líder, mesmo mentindo descaradamente, vão ao encontro das cabecinhas ocas do seu eleitorado, Ele mente e eles também. Se o líder é humilhado porque a sua efusiva declaração é soez, eles solidarizam-se com o líder porque eles também são assim. No caso da famosa festa dos hamburgueres, inventada por Ventura, que decorre na Alemanha por iniciativa do presidente alemão, que pelos vistos é um devorador de hamburgueres e arrasta para a festança os seus homólogos, o fascista assegurou que o Chega votou contra a ida de Marcelo. Votou contra algo que não esteve em votação, portanto. Mas os eleitores engolem tudo e continuam a aplaudir o seu amado chefe. Indagado pelos jornalistas, admitiu o erro mas adiantou que se justificava a sua arrelia: o Presidente já fez mais de mil e quinhentas viagens. A Presidência da República desmentiu o número de viagens de lazer denunciadas pelo biltre, como é óbvio: as deslocações foram cento e sessenta, e Marcelo disse mesmo que se justificavam, como também é óbvio. Mas Ventura deve achar tudo isto uma vergonha nacional. Salazar é que sabia. Imaginava-se estadista sem nunca sair do buraco de São Bento. E até foi de propósito a uma exposição, em Londres, de Paula Rego, vejam só! Ainda se fosse para ver a seleção de futebol, mas uma exposição de arte?! Ventura disse isto com a pistola na ponta da língua. Cultura? Mas essa gente é toda de esquerda. É liquidá-los todos, já! Viva a santíssima ignorância.

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quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Hoje há hamburgueres

Tenho um especial asco a hamburgueres. Aquilo aparentasse-me repugnante. Há décadas que não me passa pelo gargalo semelhante objecto gastronómico. Mas admito que me é mais repugnante o exercício retórico permanente do chefe fascista.

 Ventura pode não saber línguas e não ter cuidado com as traduções — e pode confundir a palavra alemã "Bürger" (cidadâo) com Hamburguer (coisa de comer) —, mas não confirmar antes de se pôr a dizer disparates é comportamento de idiota chapado que não quer saber se o que diz é mentira ou não. A mentir já ele está habituado, portanto que se lixe. Ventura é um idiota chapado. Umas vezes mente e sabe que o faz. Outras vezes mente sem o saber. Porquê? Porque é um cretino. Um idiota ridículo que muitos querem em primeiro-ministro. Havia de ser bonito. Já basta o que basta, como diz o povo.
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quarta-feira, 10 de setembro de 2025

O bombeiro da nação

"Queimar pessoas em praça pública, tomando conclusões precipitadas, é coisa que nunca farei na vida", disse o almirante/candidato. O almirante/candidato que repreendeu marinheiros subalternos em público, com as televisões e os jornais atentos e sedentos, vem agora defender Carlos Moedas, como se o indecoroso presidente da Câmara de Lisboa fosse alguém com quem se possa tomar um cafezinho a meio da manhã. Este almirante não é só um tatibitate. Este almirante, como candidato é um desastre, e como cidadão é um traste.

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terça-feira, 9 de setembro de 2025

Prémio Nobel da Paz para o Luís, já!



"O apelo, vindo de um país amigo, não cairá em saco roto". Foi o Luís que o disse. Xi estremeceu. O Luís fez o apelo à paz na Ucrânia, já que a proximidade entre Xi e Putin é clara, disse ainda "oije" mesmo o Luís num encontro com o presidente chinês. Agora é que é. Xi vai falar com Putin e a guerra acaba graças à intervenção firme do Luís. Trump que se cuide. O Luís é que ainda chega a Papa.

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O Diogo Ferreira escreveu a História da Freguesia do Sado. História de um sítio com muitas histórias para contar. Histórias alegres e histórias tristes. São as histórias locais que fazem a História do Mundo. É o que pretendo justificar como editor. Esta história deste local conta lutas, alegrias, vitórias e derrotas. É costume dizer-se que só é derrotado quem desiste de lutar. É verdade. Este livro conta histórias com frescura, com alegria. São histórias de gente que conhece o chão que pisa. Gente que vive com a autenticidade da verdade. 

José Afonso disse uma vez, em entrevista a Viriato Teles: "E nós, neste país, somos tão pouco corajosos que, qualquer dia, estamos reduzidos à condição de ‘homenzinhos’ e ‘mulherzinhas’. Temos é que ser gente, pá!". Ora, quem vai animar a festa é, nem mais nem menos do que Vitorino, um dos companheiro de músicas e outras intervenções de José Afonso. Vitorino conhece bem os ambientes que nos rodeiam. Canta-os como ninguém. Aponta problemas, denuncia maldades, conta histórias de traição e ódio, sempre contra o ódio. 

Vitorino participou numa das sessões "dois dedos de conversa com... "que organizámos no Círculo Cultural de Setúbal (situado no local onde hoje é a Casa da Cultura), no dia 31 de outubro de 1981. Já lá vão 41 anos. As imagens junto a este badalar mostram o cartaz e uma fotografia da dita sessão, da autoria de Jorge Santos. Vai ser um gosto recordar estas andanças com Vitorino.

E pronto, perdoem-me estes desabafos que convocam a saudade — sem saudosismo —, mas isto é mesmo assim: recordar o que de bom nos acontece faz-nos acreditar no que está para vir. Nem tudo pode ser mau, como querem os novos fascistas. A democracia vencerá. Estes testemunhos escritos mostram que é todos os dias que se faz a nossa história. A luta pela felicidade faz-se com alegria.

O lançamento/concerto é na próxima sexta-feira, dia 12 de setembro, no Moinho de Maré da Mourisca. Os participantes estão aí escarrapachados no cartaz. Participo diretor de arte e editor do livro. Agradeço em especial a Marlene Caetano, de quem partiu a ideia para a publicação do trabalho e a Diogo Ferreira, autor que investigou e fez a história. A história está muito bem contada. Tem histórias bonitas, esta História. O Poder Local Democrático deve ser apoiado como um dos orgulhos da nossa vida em liberdade. Vamos celebrar essa conquista. Até já. Sempre.

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Já não há pachorra

Estava eu a gabar o surpreendente pluralismo da CNN- Portugal, com a entrevista desta noite ao líder do PS, quando no cantinho superior direito do chamado pequeno ecrã surge a figura do timoneiro dos fascistas, em anúncio de entrevista para o dia seguinte. Muito contente e risonho, o chefe do exército de idiotas parece estar a gozar com aquele usurpador momentâneo do seu lugar permanente. 

Esta estratégia de promoção descarada e sem vergonha do líder fascista será vontade imposta pelos patrões do grupo de canais televisivos, desempenho jornalístico circense, ou pura e simplesmente imbecilidade em exibições sucessivas? É que competência profissional não é. Isto não é comunicar e contribuir para o debate democrático. Informar não é promover o seu guru, sempre vitorioso nestes encontros, precisamente porque a mentira e o insulto em gritante delírio são por ele usados como argumento justiceiro, para gáudio dos imbecis que o seguem. O grupo de fornecimentos comunicativos a que pertence este canal é porta-voz dos fascistas que vegetam por cá. A mentira e a desinformação estão na ordem do dia. Repugnante.
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segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Sem erros

Carlos Moedas diz que não houve erro de qualquer espécie no acidente do Elevador da Glória. Pessoaliza o assunto aliando emoção pessoal ao drama das famílias das vítimas. O cinismo assiste-o. Inventa aproveitamentos políticos onde não existem. É ele que faz aproveitamento político. O discurso é palavreado barato e rasca. É sempre. Carlos Moedas é um político rasca. A entrevista que hoje deu a Clara de Sousa foi um exercício disso mesmo. Morreu muita gente. Os erros existiram, como é evidente. É a realidade que o diz. Só mesmo Moedas tem certezas do contrário. Mas o erro maior é Carlos Moedas continuar como presidente da edilidade lisboeta. Votar na direita é eleger estes tatibitates sem trambelho. Políticos de plástico, que é mais barato, como diria o poeta. 

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domingo, 7 de setembro de 2025

Sónia Martins

Agora foi a Sónia. Estamos a morrer muito. E cedo. Trabalhámos em algumas peças em que eu desenhei cenários e fiz a imagem gráfica de trabalhos para o TAS. Foi uma excelente actriz. Eu também gostava muito da sua voz. Uma vez até a convidei para dar esse dom a uma produção para rádio que concebi e dirigi. Era um anúncio para uma entidade turística que ficou singular e sofisticado. 
Aquela voz deu-lhe um som diferente. Em cena, a Sónia era um espanto. Sabia criar personagens únicas. Encarava drama ou comédia como respirava.
Há muito que não a via. Não sei o que aconteceu, mas este fim deixa-me sem mais palavras. Ficam as lembranças bonitas. É o que nos resta. Foi bom conhecer-te, Sónia. Obrigado por isso.
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